quarta-feira, 22 de abril de 2009

Entre lágrimas e sushi

Conheci um cara incrível, com uma boca incrível, com um jeito de me pegar...hum.
Bom, ele era inteligente, tinha tudo o que eu nunca sonhei que precisava, era um chato, um mal necessário. Gostava da cultura oriental e de lá a única coisa que eu gostava era de sushi, que por coincidência ele nunca havia experimentado. Ponto a meu favor, algo pra me tornar mais interessante, o levei a um restaurante. Lá ele provou meus lábios, o sushi, o sashimi, e o samurai, foi uma experiência única romântica, divertida e com um provável ou improvável fim. Mas de verdade ninguém estava levando a sério aquela história de final na "boa". Agente sabia que era muito desejo pra acabar assim e assim não ia acabar nunca, mas acabou mesmo. Terminamos o que nem começamos no primeiro encontro. Passou-se algum tempo e vestígios dessa brasa voltaram a nos queimar, fomos parar novamente um nos braços amargos um do outro, digo amargos pois já havia acontecido acidentes, mágoas com ou sem querer de ambas as partes. E amargamente decidimos que só voltaríamos a sair se fosse sério dessa vez. Não sou muito de esperar, isso já me havia rendido tempo demais, dor de mais e indecisão demais. Decidi pelos dois que ele deveria dizer sim ou não. A resposta? Não. Se foi bom? Foi péssimo, me senti horrível e liberta ao mesmo tempo. Com muita fome e muita raiva parti pra uma noite da fossa memorável, regada a "Vestido estampado" e "Hoje eu to sozinha" de Ana Carolina, pedidas por mim a cantora do bar, o que numa sexta feira a noite mega romântica nunca seria a melhor pedida. No fim foi hilário ver o casal meloso sair do bar cantando pneus, não estava afim de ver mais nenhum beijo aquela noite, o pior foi que depois das musicas sobrou uma sapata no bar me olhando, percebi que era hora de partir. Foi meu pai se desculpar com o dono do bar por eu ter espantado a clientela com minha fossa revoltada e saimos dali. A noite não tinha acabado fui ao Kent Kerr e parti pra dentro de um hot filadélphia, o meu pedido favorito no sushi bar, o gosto não tinha o mesmo sabor, não sei se era eu ou o salmão, mas definitivamente não quero mais saber de sushi, tanto quanto não quero mais saber dele. Foi meio que um rito de passagem. Revi antigos amigos troquei contatos, descobri o quanto era querida por pessoas que há anos não tinham notícias da minha existência. Uma amiga pulou no meu pescoço na frente do marido e do filhinho de dois anos. Dois anos? Ela tinha sido minha melhor amiga por anos desde que tinha quatro anos de idade e apesar de anos separadas ela ainda me considerava. Em meio ao caos algumas cotidianas alegrias. Tomei decisões. Se foram boas as decisões? Não sei, não pretendo dar outra chance ao nem a ele, nem ao sushi. Mas entre lágrimas e sushi nesta louca sexta-feira fossa eu me diverti.

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