quarta-feira, 25 de maio de 2011

E se fossem três amigos...



Bom dia!

Hoje fui extremamente tocada pela meditação da manhã aqui no setor. Duas
histórias que marcam bem a fragilidade da nossa natureza humana e
principalmente mostra como a natureza divina nos revela pequenos e ainda
sim tão amados!
Obrigada Deus por estar sempre nos olhando e constrangendo com esse olhar.
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E se fossem três amigos... Três mochileiros, compartilhando tudo um com o outro, problemas,alegrias, o mesmo sol escaldante na cabeça, iam pra todo lugar juntos,
rachando a conta, dividindo o peso e o mesmo propósito e destino. Um
deles que era da maior confiança tomava conta da grana, o outro era bom
de briga e dava conta da segurança, o outro o líder deles, o cara que os
uniu era muito bom de papo, carismático e sabia fazer amigos como
ninguém, falava a língua de todo mundo.
Esses três percorriam várias cidades fazendo novos amigos e seguidores.
Já tinham um número bem grande, a contabilidade ia ficando confusa, era
muita de gente pra vigiar, pra dar conta, muita gente pra ouvir e ser
ouvida.
A dificuldade começou a atravessar o caminho deles, a grana ficando
curta, o propósito de caminhar naquele sol estava dando lugar a vontade
de ter vida boa e uma excelente aposentadoria.
Uma proposta tentadora cruzou o caminho de um deles, estabilidade
financeira, descanso para os pés e o corpo cansado. Afinal, era só pra
fazer um favor, por algumas perguntas, uma pausa naquela correria cairia
bem. Era só dizer um nome e mostrar quem era o cara.
E além do mais ele não ia se dar mal, era bom de papo que
mal havia? Ele dobraria todo mundo e nada de mal lhe aconteceria, era o que esperava que acontecesse, afinal ele era seu amigo.

As afrontas eram grandes e o segurança se sentia plenamente capaz de dar
conta de todo mundo. Ele era forte, era bruto e ninguém ia se meter a
besta com ele. Ele era destemido e defenderia seu amigo até o fim se algo acontecesse.

Até que a hora chegou, a hora da verdade. Até onde vai uma amizade?
Quanto ela vale? Todo mundo tem um preço, tem um calcanhar de Aquiles
pra vencer? Tem peito pra encarar? Você consegue?

Esses dois não encararam, na hora da verdade a amizade sumiu, na hora da
coragem o medo assumiu. E a traição venceu o amor! Ambos o abandonaram
no meio da estrada sozinho e desamparado. Seu homem de confiança o
traindo por alguns trocados, tirando os olhos do destino futuro para um
agora que passa. Seu braço forte o deixando cair quando este precisaria
de uma mão.
E ele sabia que isso aconteceria, quem é bom pra falar também é ótimo
para ouvir e perceber a sensível e fina fraqueza do ser. A dor não
diminuiu por isso, por que simplesmente o amor dele não foi vencido por
nada.
Dessa vez o homem das palavras não ousou dizer palavra alguma, seus
olhos para cada um foi todo o seu argumento, todo o seu discursso. Eles
o ouviram por anos. Será que esqueceram? Das risas, das sandálias
arrebentadas, das noites ao relento contando estrelas, do partir do pão,
do carinho de irmão, da parceria incondicional?
Esse olhar foi o tiro no peito do homem de confiança, ele não podia
conviver com as lembranças e com a certeza de sua culpa, ele não
conseguia se lembrar do perdão, ele só conseguiu ver seu erro lhe
acusando pra sempre.
Esse mesmo olhar foi o embaçar da vista do homem forte que agora chora!
Que agora implora pelo perdão daquilo que ele considera imperdoável. Que
agora se vê pó e enxerga um amor tão digno que lhe dói a alma pela traição.
Ele queria ser de novo sua proteção, ele precisa mais uma vez estar com
ele e dizer o quanto seu amor é importante. Precisava por três vezes
reinterar o amor que negou sentir. Pois sua força nunca esteve nos seus
braços e sim na certeza do lugar onde sua alma estava firmada.

Onde foi que me esqueci de quem tu és, em que parte te neguei pra pensar
primeiro em mim?
Na minha segurança, nos meus sonhos em primeiro lugar. No meu eu
particular que não permiti, não te autorizei a entrar? Quando me
entreguei a ti pela metade, quando me pediste tudo?
Onde foi parar o propósito de andar contigo que se perdeu de mim? Me
recorde de novo da sujeira nos pés, me recorde de novo como é se
humilhar a si mesmo e se prostrar como servo e com amor lavá-los!
Preciso me lembrar do que querias de mim. Fé incondicional, amor
imparcial, seguir seus passos sem olhar pra trás sem olhar pra mim.
Deixar que seu olhar me modifique completamente até ter tua aparência,
resplandecer tua Glória.
É tudo o que peço por agora.

Lidiane Arsenio
23/05/2011
Inspiração Lucas 22

terça-feira, 10 de maio de 2011

Um brinde a amizade!



Hoje eu estou muito feliz em especial por uma grande amiga que começa hoje no seu novo emprego. Amiga de muitas risadas, amiga de muitas lágrimas, de muitas datas, broncas, amiga sem frescura a nossa "machinho", capa de durona, mas com uma bela alma sensível! Amo essa menina de coração e sei o quanto ela esperava por isso e o quanto corremos atrás em busca desse emprego. Treze anos de amizade comemorados em Buenos Aires, eu ela e Beta. Três figurinhas distintas, Betinha a doce meiga, Aline a durona e macho da história "Bruce Willis" que o diga ele tava mais pro "Coisa" do quarteto fantástico, mas por pouco não tomou uma sobrinhada na cabeça por tentar se meter comigo na frente dela.
A-D-O-R-O! Ah claro eu a sem noção e sem filtro completamente louca. As três passando por momentos diferentes na vida, Beta no seu divórcio, eu sentindo abruptamente e tardiamente a perda de meu pai e Aline desempregada, demos um chute nos problemas e metemos o pé pra terra dos chicos! E a vida virou a página pra gente, todas nós voltamos diferentes. Beta mas resolvida foi a nossa guia até a embaixada sem falar uma palavra em espanhol, tinha que ver que orgulho eu senti daquela menina, eu havia sido furtada e tinhamos que voo marcado para o dia seguinte que era sábado e a embaixada não abria caso isso acontecesse eu não teria o salvo conduto pra ir embora e ficaria na Argentina, o que não seria tão má idéia se eu não estivesse dura. Sem a eficiência e maturidade da Beta estaríamos perdidas. Aline descobriu parecia estar na Disneylândia, sair de casa e do nosso mundinho pequeno e limitado fez toda a diferença.
Hoje eu estou terminando minha pós em produção de moda, Beta está morando sozinha novo apê, onde as três etreiaram fazendo uma noite da camisola pra comemorar e agora Aline no seu novo emprego.
Amei mudar com elas, amei virar essa página das nossas vidas, nosso livro está sendo belamente escrito. Três amigas encontrando seu lugar no mundo e unidas pra sempre! E vamos comemorar sempre por que a vida é repleta de lembranças e o nosso sorriso é o maior certificado da existência delas!
Parabéns meninas e parabéns a nós!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ácido ascórbico e meus centavos




Estive lendo por esses dias o livro Delírios de Consumo de Becky Bloom, assisti ao filme e fiquei curiosa a respeito do livro. Na verdade fiquei curiosa a respeito dos meus gastos. Andei ultrapassando o limite e me identifiquei demais com a personagem infelizmente.
Então vim aqui oferecer minha ajuda com o aprendizado que obtive.
No livro constava uma cena muito comum no nosso dia a dia:
A pobre coitada da Becky resolve se adestrar financeiramente, compra um caderno e uma caneta para começar a anotar as suas dívidas, coisa que também fiz recentemente. E vai a luta, comprando coisas mais baratas evitando gastar muito, porém aniversários acontecem e principalmente de pessoas queridas ela tinha que comprar e assim foi. E como também acontece comigo, se abrir a carteira uma vez não consegue mais fechar! Da vontade de comprar coisas que você jura que estava precisando, mas que você nem sabia. Uma coisa puxa a outra até que ela pensa em comprar um batonzinho nude perfeito na moda, quando ela se depara com a placa: "Kit de beleza grátis", é claro, na compra de um creme hidratante, toda empolgada compra o creme que excede ao dobro o valor do batonzinho, mas compensa, afinal o kit é grátis e ainda vem com um batom. Resumindo a coitada termina o dia com uma dívida equivalente a uns 200 reais, e um kit de beleza grátis com um batom fora da estação que encalhou no estoque.

Hoje aconteceu algo parecido comigo, liguei pra farmácia para pedir um efervecente de vitamina C e um antigripal. A atendente me informou que sairia a 23,90.
- Tá puxado! - digo eu - Tem um mais barato, não?
- Tem aqui um de 5,60, mas na promoção você compra três e leva por 14,90!
- Ah tá e junto com o antigripal sai a quanto?
- Sai a 21,90 com o antigripal.
- Ah, legal eu quero um só e o antigripal.
- Mas tá muito barato e você leva três caixinhas com dez.
- Pois é mais eu quero um!
- Essa promoção tá mesmo muito boa, mas tudo bem, fica em 12,90!
- Fechado! - desligo.

O que ela tava pensando? Que eu estava planejando uma vida inteira de gripe?
Que eu queria ácido ascórbico pra família inteira, pra deixar de herança?
Eu quero ficar boa logo e por 12,90, por favor! Não preciso de tanta vitamina C, preciso dos meus centavos!

Obrigada Becky Bloom!