quarta-feira, 14 de setembro de 2011

No dia 05, memórias de saudades por minha mãe.

Nova Iguaçu, 05 de setembro de 2011. Dois anos sem você... Ainda fico de pernas tremulas quando passo pelo cemitério... Ainda fico tremula quando penso no que perdi com pequenas desavenças desnecessárias... Ainda questiono o porquê o nosso tempo juntos foi interrompido quando ainda tínhamos tanto a fazer e viver... Ah! se você estivesse aqui para ver nosso filho casar... Ah! se você estivesse aqui para acompanhar nossa filha nas aventuras de liberdade que ela herdou de você... Ah! se você estivesse aqui para juntos sairmos em busca de novas conquistas a dois... Quisera voltar no tempo e fazer algumas coisas diferentes, posturas diferentes... Por que tantas reticências? Porque são muitas as lacunas que não mais poderão ser preenchidas, perguntas que não mais serão respondidas, desejos que não mais serão saciados... Ainda assim essa dor já está mais serena e isso é algo que eu não poderia prever, mas ainda dói. Olhar você estático numa foto e lembrar que você era tão dinâmico, irriquieto, ávido por viver, viver e viver... é no mínimo estranho. Deus é tremendo em tudo que faz! Ele realmente sabe até onde podemos suportar qualquer tipo de dor. É Ele que me mantém de pé e não deixou que eu enlouquecesse embora eu ache que não esteja tão lúcida quanto gostaria. Há momentos que a razão foge: ainda não consegui tirar a aliança das nossas Bodas... Mas Ele está comigo todos os dias, eu sei. O tempo não volta, só avança para um distanciamento das lembranças mais doloridas, por isso espero que com o andar dos dias e anos eu possa lembrar de você sempre com essa saudade de quem perdeu algo que enquanto esteve nas mãos foi e será sempre inesquecível. Te amei. Amo lembrar que você existiu e foi grande em presença e importância na minha vida e de todos que o conheceram. Por isso é grande sua ausência. Ainda bem que tão grande quanto você foi são os tesouros de filhos que você me deixou. Te amo neles. Te amarei sempre. Sua, sempre sua Lídia