quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Seja você é tudo o que precisa ser

Por que será que sempre colocamos a responsabilidade de nossa felicidade
no outro? Já observaram que os momentos mais infelizes de nossos amigos
e de nossas famílias são justamente aqueles que se trata de um rompimento amoroso? É como se ao terminar um relacionamento a pessoa deixasse de ser. Mas é justamente neste processo doloroso de término que muitas vezes entendemos o que somos necessariamente.
Ninguém pode ser feliz dependendo do outro. A nossa felicidade é responsabilidade única e exclusivamente nossa. Sendo, uma atitude profundamente egoísta responsabilizar o outro por não conseguir a plenitude individual. Desde que o mundo é mundo, que as grandes histórias de amor surgiram, que acreditamos fielmente nessa idéia de uma felicidade plena ser conquistada com o outro. Sonhamos com o casamento ideal, conhecemos alguém e já imaginamos nossa vida com aquela pessoa. Lotamos os cinemas para assistir aquela linda história de amor na busca de um uma felicidade que não precisa ser buscada , pois ela está muito próxima. A felicidade não está fora, está dentro da gente. E não precisamos de outra pessoa para que ela apareça. Mas sim, precisamos entender quem somos realmente, quais são nossos sonhos, o que gostamos ou não gostamos. As vezes sabemos exatamente qual é comida predileta do outro, a música ou o livro. Mas quando alguém pergunta qual é a nossa cor predileta fica um silêncio por que não lembramos mais. Não lembramos, por que nessa busca desta pseudo felicidade nos anulamos achando que isso é ser feliz e chegamos ao ponto de não lembrar o que gostamos. Não podemos passar a vida inteira responsabilizando o outro, pois muitas vezes o outro sai de nossas vidas por que perdemos o que ele mais amava em nós. A nossa personalidade .

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Fala velho

Hoje o dia foi péssimo, muito trabalho, muita pressão, mas isso é comum.

Pouca colaboração, muita irritação, eu esquecendo do que era bom.

Chegando em casa cansada de cabeça baixa ouvia a voz fraca de um velho falando com sua neta,

ele apontava pro céu e percebi que era a hora certa

Lá estava ela, o maior refletor das minhas noites, a lua bela.

Olhei o velho ensinando sua pequena, me lembrei de tudo o que era bom

Apreciar a lua as seis, ver as estrelas lindas que cintilam como olhos ansiosos dos expectadores

E sorri...

Fala velho, fala pra sua menina aquilo que te ensinaram

Conta tuas histórias de menino, fala daquilo que não vivi

Fala velho que os dias sempre se encerram com um grande espetáculo

e é nossa obrigação estar lá pra assistir, a única deliciosa obrigação

Fala velho que mesmo depois de um dia triste ou chato tem um sorriso a ser dado por estarmos vivos e sãos, por termos olhos, sentidos e sentirmos

Fala velho e não pare de falar a tua pequena que a vida é dura, mas o sorriso muda

Muda histórias, transforma lágrimas em águas de mar, rugas em beleza,

Fala velho que o tempo não pára, mas às vezes agente precisa parar

para descansar a alma todos os dias nos presentes de Deus

Fala velho que um dia você não vai estar aqui pra falar, mas com certeza ela não vai esquecer

O modo como você a ensinou a viver e ver de leve a vida, que viu a lua as seis mesmo nos dias mais intensos e cansados, que a fez apreciar a simples beleza das cores.

Embora haja dias cinzas de dor em que queiramos manter as cortinas fechadas

Todas as luzes apagadas e chorar num canto escuro

A platéia das estrelas nunca se ausenta e o refletor da Lua sempre espera uma nova estréia,

lhe desejando todos os dias como esse velho, pequena, que você tenha

Uma boa noite!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Abrace!

Abraçar, abraços, braços sempre abertos
Incrível que quando pequenos sempre o encontramos
Todos te pegam no colo, te abraçam apertando com um motivo ou sem
A segurança, o conforto, o carinho sempre estiveram ali ao alcance de um braço ou dois
Há tanta paz num abraço, você pode rir ou chorar.
Um abraço verdadeiro, de frente, de peito, corpo inteiro.
Encaixando dois corações felizes ou tristes.
Um que confortar e outro quer ser confortado.
Abraço com cheiro, cheiro bom de felicidade, tranqüilidade.
Abraço de bebê, aquele que te faz suspirar e adormecer de tão seguro que está.
Dizem que toda pessoa precisa de pelo menos oito abraços por dia para
ter uma pequena sensação de felicidade.
Porém no mundo moderno onde o individualismo impera,
os braços tendem a estar cruzados e frios e as pessoas mais sós
Distantes de tudo que se chama “lar” para tudo aquilo que se chama
“realização profissional” travestido em “realização pessoal”.
O que é o mesmo que calçar um pé 38 em um 36, nunca será confortável ou bom o suficiente.
Em um mundo onde o que importa é: “Só te quero perto se me oferecer alguma coisa!”
O contato se torna meramente digital, ou só para uma xícara de café.
O se dar a conhecer e ser mutuamente conhecido tornou-se obsoleto,
perda de tempo e a quantidade de divorcio aumenta a cada dia.
A troca tem sido constante, a satisfação rara.
Desconhecidos com desconhecidos sem tempo para se conhecer,
frustam-se todos os dias com a decisão tomada.
A superficialidade afastou os braços, os restringiu ao aperto de mão.
Afastou os lábios, hoje se cumprimentam com beijinhos no ar.
Mesmo carecendo desse afeto terno, nos isolamos.
João...( Taí um cara interessante), hoje diriam ousado,
porém dentre os doze, aquele que experimentou os braços mais cheios de amor deste mundo.
Experimentou os braços que nunca se cruzaram, nem para uma prostituta,
nem para uma samaritana adultera, nem para um cego, nem para um ladrão...
Nem pra mim , muito menos pra você.
João ouviu seu coração bater, sentiu seu calor, sentiu esse amor de perto.
Hoje há uma pergunta que não quer calar:
Num mundo de braços cruzados e frios, quem daria seus braços para um abraço?
Ele continua de braços abertos, ousaria manter os seus cruzados?!
Abrace! Seus braços podem trazer alegria por apenas um dia.
Mudar uma história, ou quem sabe uma vida.