segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Bela Antônia!


Eu tinha que dividir minha babação nessa fofa com mais alguém. Acompanhei desde o inicio quando a Isa ainda sonhava em ficar grávida. Ela já tinha gerado a Antônia em sonhos e até que enfim o resultado deu positivo. E tá aquele bando de mulher acompanhando Isa em todas as lojas de bebê. Chá de panela na pós, com direito a fechar uma mesa no restaurante com dois bolos confeitados, um lindo e delicioso feito pela mãe da Paula Maia e outro de chocolate (pena eu ser alérgica). O pai da Isa veio de Minas pra comemorar com agente.
Ela é mineira, fazia produção de moda no Rio aos sábados e também fazia Indústria Têxtil em SP durante a semana, passava dois finais de semana em Minas e dois no Rio. Guerreira máxima! E aí um dia depois do natal Antônia chega de presentão, essa riqueza toda, uma gatinha linda. Imagina a quantidade de roupinha fashion que essa menina ganhou? Calça saruel pra bebê, boina, blusa de manga princesa, enfim e esse vestidinho lindo.
O mais-mais são os textos de declaração da Isa pra filhota, dava um livro fácil de chorar, a cada semana de gravidez ela escrevia um texto enorme sobre como era a sensação de ser mãe e como o amor crescia junto com a barriga. Já tinha escolhido o nome antes de saber se era menino ou menina. Que nem meu pai que escolheu o meu nome no dia que minha mãe comunicou que estava grávida. Por isso curto tanto cada fase dessa pequena mineirinha mesmo a distância. Desejo todas as bençãos e saúde para essas duas que me encantam tanto com fotos quanto escritos beijos e abraços as duas: Antônia e Isa.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Bom dia, dia lindo no Rio!







Dia lindo e abençoado cheio de cor, desde o vivo azul aos florais do tecido que cobre meu corpo me tornando menina de saia rodada e primavera no olhar.
Sair a passear com queridas amigas, mãe, filha, amiga, amigas.
Dia trás outras compahias num café da manhã regado a flashs e flashbacks de um passado presente que se mantém irretocável através dos tempos.
Rio lindo, Rio meu, caras e bocas nas ruas de cariocas lindas e loucas feito Ana, feito Lídia, feito eu. Soltas em sua aparição do dia, da vida, a fazer nada demais, nada da vida, apenas a degustar este dia.
Passear por suas vielas, paralelepipedadas, tropeçando nas sandálias.
Encontrando diferentes países humanos a nos visitar com o olhar curioso e admirado, de até desconhecidos admiradores.
E chegamos lá, rua do Lavradio, nós três a vadiar, pelas tendas coloridas com belos feitos e enfeites de mãos artísticas e de alma poética. Uma senhora com pouca beleza exterior mas um universo interior extremamente belo nos para a recitar Madre Tereza de Calcutá. Vendo-a viver a vida assim é difícil não suspirar e o nosso trajeto estava apenas a começar.
Mulheres de 20 e poucos e de 50 e alguns, todas da mesma idade beijadas pelo frescor da arte que rejuvenece a todas, nos deixando tolas em meio as belezas que brindam nossos olhos e os sons que acariciam nossos ouvidos.
Poetas independentes, lançando seus escritos, pílulas de poesia nos fazendo petizar a vida e conjugar o verbo poema, e por que não conjugá-lo e no imperativo: Poeme-se! Hoje e sempre, não guarde, verbalize, a deixe procurar seu próprio canto. Poesia boa é poesia solta. Não é mesmo Lucas S. Lisboa?
A vida sempre será mais bonita com seus versos, com a vida pelas lentes cor de rosa, ou pela cor em que a vir mais preciosa. Le Modiste a frente, arte de transformar uma casa em um lar vibrante, divertido e original, brincam com a eterna infantilidade de gostar de cores que há em mim.
Seguimos, com meu panamá cubano na cabeça de Ana, pequena proteção a pele branca da nossa "gringa" em território nacional. E ao clamor da fome e a clemência do sol a pino nos refugiamos no reduto do meu saudoso guerreiro e na Lapa encontramos o Brazooka cheio de moda, criatividade, boa comida e boa música, a própria Mistureba. Com os Desejos de Sofia e Sofia a fazer pose e arte, bela e faceira menininha encantando a tarde. Uma feijoada neste calor poderia não cair bem, mas aí não seria Brazooka também. Estava deliciosa, acompanhada dos Vagaluminosos, com sua MPB bossa e samba, difícil não recordar do meu eterno bamba, paizão!
Faz dois anos que não te tenho por perto em corpo, mas sempre o carrego em peito e sentimento, somos tão somente iguais que sempre te vejo em meus olhos refletidos nos espelhos.
A vida é feita de momentos e como dantes disse, os bons devem ser transbordados e transportados de nosso pequeno instante e compartilhado pra que se torne máximo, para que minimize tristezas, faça a dor ser pó, poeira insignificante. Para que o ar puro da felicidade encha nossos pulmões e possamos agradecer por estamos vivos e vivendo.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Carta a querida Dorothy



Você possui coragem? Coragem de levantar cedo encarar seu trabalho e a batalha do dia a dia? Coragem de encarar a depressão sem rivotril? Coragem pra encarar um casamento meia boca e tentar fazer dar certo mesmo contra as possibilidades? Coragem de encarar uma gravidez indesejada, um acidente, fruto de um caso sem futuro e agora um novo pequeno futuro se forma modificando toda a sua rota? Você tem coragem de ser feliz quando o dinheiro é curto e saúde é pouca? Tem coragem de sorrir quando tudo é tristeza e nenhuma esperança se apresenta? Tem coragem de aceitar aquela vaga que está no seu nível, mas a concorrência te assusta? Tem coragem pra assumir sua fé no meio do caos religioso que a ridiculariza? Tem coragem de ser você mesmo quando é mais fácil ser outro pra ser aceito?

Você possui coração? Amor pelos pequenos que pulam ansiosos de olhos brilhantes quando te vêem chegar em casa cansado do trabalho? Possui amor pelo trabalho que exerce e paga suas contas, a carreira que escolheu? Amor pelo seu parente chato que te liga nos horários mais impróprios e chega sempre sem avisar pra te visitar porque sentiu saudades? Tem amor por aquele amigo carente que implora a sua atenção e te irrita com tanta cobrança? Tem amor para com o vizinho que te admira a distancia e fica super feliz se você apenas o cumprimenta com um “oi”? Ou por aquela doce velhinha que por ser solitária, fala demais do tempo, da vida, dos filhos netos, fatidicamente lhe cansando os ouvidos? Tem amor pelo seu parceiro ou parceira quando ele por amor te limita a viver seus sonhos solo, pra que compartilhe com ele sonhos a dois?

Você tem cérebro? Para tomar as decisões certas? Pra se lembrar de ir ao medico antes da doença piorar? Pra se lembrar de ler um livro e aumentar sua capacidade intelectual? Para decidir entre um sim, não e um talvez? Pra não se enfiar num relacionamento sem futuro ou não jogar fora seu dinheiro e investimentos em algo que não vai te dar lucro? A não perder tempo com alguém que não vai lhe acrescentar nada além de dor de cabeça? Pra escolher o emprego certo, a carreira certa e não perder tempo em um subemprego que reduz seu talento e te diminui como ser humano capaz?

Você sabe onde está? Sabe que este é o seu lugar? Se sente confortável em sua própria pele ou constantemente se questiona sobre o que faz ou o que poderia fazer com a sua vida? Você sabe o que quer pra si? Pro seu futuro? Aonde já chegou na vida é suficiente, é tudo? Ou um anseio enorme te toma todas as noites e lhe rouba o sono? Uma pergunta não dita e uma resposta jamais encontrada. Simplesmente porque a inquirição não será feita, já que é impronunciável e produz dor só ao pensar que esta não poderá ser respondida da maneira que queremos. Confuso? Perdido? Sem direção? Longe de casa?

Eu preciso de coragem pra fazer minhas perguntas e esperar pra obter as respostas, positivas ou não. Preciso fazer esta inflexão. Eu preciso de coração pra amar mais e melhor os meus, os que me amam e os que me cercam. É mandamento, não? Me colocar no lugar do outro, este empaticismo que me faz enxergar além do egoísmo que impera na minha geração e tão conflitante com a verdade descrita na palavra. Ousar ir na contra mão do meu tempo e alcançar o certo. Eu preciso de cérebro pra saber que sentir só não basta, tem que ser assertivo e sabedoria não é gratuita tem de ser construída com prudência e nos lugares certos. Definitivamente não é na mídia, nem nos lugares comuns que migram informações rasas sobre como é a vida, onde poucas reflexões densas são geradas e muita água suja é derramada. Eu preciso saber onde estou pra saber pra onde vou! Ter certeza do meu lugar no mundo pouco me importa, preciso ter certeza do meu lugar no céu, afinal não é pra lá que eu vou? Não é pra lá que desde que criança sempre quis ir?

Cara Dorothy, existem muitos tijolos pelo meu caminho, de diversas cores, a estrada não é tão simples pra mim, não existe um pote de ouro no final do arco íris, a estrada amarela ta bem enlameada e esburacada. Sou você, o homem de lata, o espantalho e o leão. Preciso urgentemente de coragem, cérebro e um novo coração. Ávidamente bater meus sapatos de rubi com ousadia destemida, com o sentimento correto e a decisão mais assertiva. Não pertenço a este mundo querida, mas tenho que trilhar por ele. Me acompanham muitos sem coragem, sem coração e sem cérebro, perdidos pelo caminho sem saber pra onde vão. Quero ter a coragem, o amor e a sabedoria para me unir a eles e juntos após vencermos as batalhas da vida, enfim chegarmos ao destino correto! Estar diante de Deus, que não é o mágico de OZ, e sim um Deus que cumpre promessas e une destinos, simplesmente perceber a verdade em seus olhos e encontrar enfim a resposta a todas as questões. Podendo dizer, livre e em paz, alto e claro: Não há lugar como o nosso lar!