
Meu aniversário é em agosto e andei pensando em fazer uma
viagem despretensiosa por aí sozinha curtindo nada além de minha própria
compahia. Não imaginem como é difícil encontrar um pacote de viagens
para um. Me vi na cena do filme: O amor não tira férias, em que a
Cameron Diaz se vê buscando uma viagem para escapar de seu falido
casamento. Nada contra nas minhas férias encontrar quem sabe um Jude
Law. Obrigada.
Mas quero apenas me aventurar fora do ninho, não é que ele não seja
quente e bom ele é.
Só que preciso fazer isso por mim mesma, preciso fugir um pouco curtir e
me encontrar e encontrar gente nova e essas coisas não acontecem sempre.
Na verdade a vontade de fugir com uma mochila nas costas sempre existiu,
ou melhor viajar por aí. E não ficar estacionada num ponto vendo a vida
passar e acontecer, com minha presença apenas como um mero objeto
decorativo.
Quero me sentir viva na minha própria vida e nada mais justo, não?
Talvez eu esteja esperando demais de uma viagem. E não é a viajem em si
que irá me mudar, serão as decisões que irei tomar na vida que vão
torná-la melhor ou pior. Sempre tive essa ânsia de ter uma vida imensa,
intensa, cheia de grandes emoções e largos sorrisos como nos comerciais
ou nos filmes, onde se é possível ser feliz o tempo todo. A verdade é
que somos felizes na parte que nos permitimos ser, somos nas frações de
momentos, e só percebemos que somos quando não estamos sendo. Olhando
pra minha vida eu não tenho do que reclamar, tenho o que busquei, sou o
que projetei ser. Talvez meus sonhos tenham mudado. Eu queira me
superar. Isso é bom!
De qualquer forma Jalapão ou Visconde de Mauá será meu destino.
Me aguardem, trilhas e ilhas, em breve estarei lá.